Em junho desde ano o povo brasileiro ocupou as ruas do país. Esse movimento que começou com a reivindicação de redução das tarifas do transporte público, ampliou suas reivindicações exigindo principalmente o fim da corrupção e melhorias na saúde e educação.
Tal movimento assustou não apenas aos governos, mas também a burocracia instalada nas centrais sindicais. Com isso as centrais se unificaram e convocaram um dia de manifestação em 11 de julho e também um dia de paralisação e mobilização nacional, 30 de agosto, exigindo o atendimento a uma pauta unificada da classe trabalhadora.
Isso coloca no centro das mobilizações a pauta de reivindicações da classe trabalhadora exigindo, entre outras, a retirada do PL 4330, do deputado Sandro Mabel (PMDB) – base aliada do governo petista – que ataca duramente a classe trabalhadora. Para isso, a CUT não pode continuar a “negociar” mudanças no PL 4330, em uma comissão quadripartite, com a presença do governo, parlamentares e dos patrões. Qualquer acordo obtido nessa comissão será uma traição a classe trabalhadora, pois trata-se de uma política de conciliação de classes.
Um governo petista, de aliança com partidos burgueses, não foi e nem será capaz de atender as reivindicações da classe trabalhadora. Ao contrário, continuará a atender aos interesses da burguesia (mega-empresários e banqueiros).
O PT prefere fazer alianças com os partidos burgueses para conseguir ficar no poder. Reivindicamos que o PT rompa com esses partidos! E reivindicamos também que as lideranças da CUT e das centrais sindicais de esquerda, rompam com sua política de conciliação de classes, voltando a luta para a classe trabalhadora!
Fora os capitalistas do governo! O PT tem que romper com a burguesia!
Retirada imediata do PL 4330;
Reajuste automático dos salários (escala móvel);
Revogação das reformas da previdência dos governos Lula e FHC;
Reforma Agrária já, sob o controle dos trabalhadores rurais sem terra;
Reestatização das empresas privatizadas, sob o controle dos trabalhadores;
Petrobras 100% estatal, sob o controle dos trabalhadores;
Não aos leilões dos poços de petróleo;
Redução da jornada de trabalho sem redução dos salários;
10% do PIB para a Educação Pública;
10% do Orçamento da União para a Saúde Pública.
Unificação das campanhas salariais!